segunda-feira, 28 de março de 2011

Gentileza que lhe é peculiar

Quinta-feira passada não foi o meu dia. Peguei duas pessoas super "gentis" pelo caminho. É como dizem umas amigas: “com aquela gentileza que lhe é peculiar”. Logo pela manhã, liguei para o editor de uma emissora de BH, que foi super grosseiro comigo ao telefone. Foi preciso responder a altura para conseguir levar meu portifólio.

No mesmo dia peguei um ônibus para ir a um lugar que não sabia chegar direito. Quando entrei, passei pela trocadora e perguntei: você poderia me avisar quando chegar no Minas (Tênis Clube), por favor? E para a minha surpresa, a resposta que tive foi um sonoro boa noite. Óbvio que não foi cordial como o do William Bonner ao fim de mais uma edição do Jornal Nacional.

Então, respondi: mas eu te pedi por favor. E emendei: “Boa noite, você poderia me avisar quando chegar no Minas, por favor?
Ela: Sim
Eu agradeci e segui viagem, puta com a grosseria.
É claro que eu poderia tê-la cumprimentado antes, mas falei com educação e em um tom baixo. Porém, o que ela não sabe é que se tivesse olhado para mim, teria recebido um sorriso de boa noite, gesto muito mais afetuoso de que dizer uma expressão burocrática, só para mostrar educação.

Imagino o quanto essa moça deve lidar com gente sem educação ao longo do dia, mas não dá para generalizar. Esse acontecimento me mostrou como nós estamos fazendo tudo no automático. Estamos estressados e queremos que todos ajam exatamente da forma como nós esperamos. Não aceitamos que as “regras” sejam quebradas.

O que não dá pra esquecer é que o carinho, o respeito e a consideração não necessariamente estão nas ações que obedecem a certos protocolos.

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