terça-feira, 21 de abril de 2009

Você vive ou espera acontecer?

Eu sempre me pergunto. Nós que estudamos, gastamos anos das nossas vidas naquelas cadeirinhas duras da escola e da faculdade, somos mais felizes do que o gari ou do que a nossa faxineira? Sim, porque somos considerados a elite intelectual do país. Será que mesmo com um monte de títulos, cursos e domínios de outros idiomas realmente somos mais felizes do que este povo que rala tanto?

Normalmente acordamos muito cedo e dormimos muito tarde. Eles também. Costumamos passar horas sentados diante de um computador. Eles suam gotas e mais gotas de suor debaixo do sol escaldante. Mas, no final de semana pegam as crianças, tomam não sei quantos ônibus para passear no parque, por exemplo. Os filhos da classe média provavelmente vão para alguma casa de jogos nos shoppings. E nós? Bom, nós, pessoas inteligentes, independentes e intelectualizadas vamos a um bar comer e beber, lemos um livro ou damos um pulinho no cinema e por aí vai.

Mas o ponto em que quero chegar é que essa gente, menos favorecida social e financeiramente, se contenta com pouco. Ao passo em que nós queremos sempre mais. Um carro melhor, uma casa maior, uma viagem para algum novo paraíso descoberto pela casse média. E eles? É claro que se tiverem oportunidade, também vão querer desfrutar de tudo isso, (e acho super justo) mas dá pra ver no rosto dessas pessoas a alegria depois de passar a tarde toda num churrascão, com muito pagode e cerveja. Enquanto nós, quase sempre nos lamentamos e muitas vezes vivemos sonhando com um futuro mais (mais rico, com mais tempo, mais tranquilo) ao invés de simplesmente vivermos. Lutando sempre, mas sem aquela ansiedade de ter mais alguma coisa que nem sabemos o quê. Aliás, sabemos sim, mas às vezes, a gente não se toca de que está dentro de nós mesmos e insistimos em não ver. Só queremos ter.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mulheres Exigentes


Se você ainda não ficou [seletiva] não se preocupe, sua hora vai chegar

Quando eu era mais nova ouvia que com o passar dos anos ficávamos mais exigentes. E é verdade! Já não tenho mais paciência para certas coisas que tinha há dez anos.

Não é qualquer barulho que alguns insistem em chamar de música que os ouvidos toleram. O tal do arrocha, por exemplo, quase me mata de tédio. O problema é que quem gosta parece não ter desconfiômetro e coloca o volume no talo.

A escolha dos locais onde passear também ficou mais seletiva, claro! Se for para sair, que seja num lugar legal, onde seja possível encontrar gente bacana que saiba conversar. Isto não necessariamente implica em um local caro. Pelo contrário, existem programas 0800 ou com um preço razoável por aí. É só saber escolher.

Ah, já estava me esquecendo do paladar. Mas mudou pouco. Com os anos conhecemos novos sabores e agregamos ao nosso "repertório culinário". Pelo menos eu ainda sou assim. Não dispenso a boa comida, mas vez ou outra ainda mato a saudade das comidinhas de criança. Uma salva de palmas para a bananinha amassada com mel. Hummm!

Mas o que se transforma pós 25 - de um jeito ou de outro - é o olhar feminino sobre os homens. Já mais madura do que aos 20, nós decidimos parar de sofrer e cada um faz isso de um jeito diferente. Umas resolvem soltar a franga e se divertir sem levar o peguete à sério, outras dão um tempo até o radar detectar um exemplar interessante da espécie e tem aquelas que chutam o balde e concluem que enquanto o certo não chega, o negócio é ir se virando com os errados mesmo. O importante é não perder a prática.

Ficar mais seletiva não é ruim. Se há alguma coisa boa em ver o tempo passar é que podemos olhar para o passado, dar boas risadas, ver que construímos uma história. Agora, quem não estiver satisfeita (o) com a sua, trate de voltar a olhar para a frente e ser feliz. A vida é curta e tenho certeza que Deus nos colocou neste mundo para sermos muito, mas muito mais alegres do que tristes.


Acordo Ortográfico


Pessoas,

como vocês estão se virando com as mudanças ortográficas? Eu confesso que ainda estou me embananando um pouquinho. Queria saber se sou só eu que estou tendo estas dificuldades. Não é fácil aprender de um jeito e depois tudo mudar. Vocês não acham. Estou pensando em ler as novas regras todos os dias antes de dormir por um mês, igual prescrição de remédio. Será que funciona?

Aguardo comentários




PS: Será que o programa do blog que sugere as correções ortográficas foi atualizado?????????

Agendinha Sem Compromisso


Ganhei uma agenda nova na sexta-feira passada. Março já estava no finalzinho quando a minha querida agendinha da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros) chegou! Explico porque ela é querida. Na era eletrônicaeu ainda prefiro usar o velho e bom trio papel, lápis e borracha. A maioria das coisas que estão aqui foram manuscritas antes e vocês sabem disso.


Agora o Sem Compromisso versão 2009 decola!!!!!!


Super beijocas


quarta-feira, 25 de março de 2009

Os gagos e eu


Gente, tem coisa que só acontece comigo.

Os gagos me perseguem! Acho que desde que comecei profissionalmente no jornalismo, não passo um mês sem entrevistar alguém com esta deficiência. A primeira experiência foi em Divinópolis, região centro-oeste de Minas, onde era produtora de um telejornal. Tinha um surto de leishmaniose em uma cidade vizinha. E adivinha quem me ligou para falar que havia uma criança internada com a doença?Acertou quem respondeu gago. Na verdade era uma gaga. E pra minha falta de sorte, a ligação caiu antes que eu pudesse anotar contatos e tudo mais. Resumindo: vimos a notícia no nosso concorrente, levei uma bronca colossal do meu chefe quando contei a ele que a moça havia ligado. Felizmente conseguimos reverter a situação a tempo e ninguém soube do nosso quase furo.


A segunda vez foi em Uberaba, triângulo mineiro. Lá eu era repórter e me aparece um figurão da Infraero com quem eu não podia deixar de gravar. Afinal, era uma matéria sobre aeroportos. E o homem foi ficando nervoso e quanto mais tenso ele ficava, mais as palavras se embolavam na boca dele. Com muito custo nós gravamos e os meus colegas se viraram para editar o VT. Pra falar a verdade nem vi o resultado disso no ar, mas deve ter salvado alguma coisa.


Desde que voltei a ser repórter, topei com gagos algumas vezes. Teve um dia que caiu uma daquelas chuvas fortíssimas de verão em Montes Claros e nós fomos até as regiões mais atingidas e o bombeiro que gravou comigo, adivinhem, tinha um grave problema de dicção. Tudo bem! A situação já não é novidade mesmo. A gente respira fundo e vai em frente.


Mais ou menos uns quinze dias depois, num acidente em uma rodovia, os bombeiros estavam lá prestando os socorros. Eis que, quando fui conversar com o comandante da operação para saber como havia sido o tal acidente, ele não gagejou. Simplesmente ficou MUDO. Isso mesmo, o gato comeu a língua dele. E quem o fofo me chama pra dar entrevista????? O gago. O mesmo do dia da chuva. Sintentizando o pensamento: saí do muito ruim e fui para o pior ainda.


E no último episódio da série "Os gagos me perseguem", um holdie (aqueles caras que montam os palcos em shows e monitoram o trabalho dos músicos durante as apresentações) gago estava no meio do caminho. E o pior de todos. Um gago tagarela. Eu posso com isso? Confesso que me causou um misto de graça e nervoso.


Ahh, tem mais um detalhe mínimo nisso tudo. Eles sempre aparecem nos dias em a equipe está mais apertada. Ai que agonia!


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Quero que fique claro que compreendo quando alguém tem alguma dificuldade. Também sei que tem gente que fica tensa quando vê uma equipe de televisão na sua frente. Super normal. Não fico rindo das pessoas e seus problemas. Minha intenção aqui é de apenas compartilhar com meus amigos uma das situações que vivo na rua e que encaro com bom humor.


Sei que nem todos podem pagar por um tratamento com fonoaudiólogo para curar - ou pelo menos amenizar - o problema. Mas existem clínicas escolas (agora já nem sei mais o que tem hífem ou não, desculpem) que podem ajudar pessoas com esta deficiência. Fica aí a minha dica para gagos, seus amigos e parentes.

domingo, 22 de março de 2009

Nossa, acho que agora eu volto de vez para o blog. Se Deus quiser e minha inspiração deixar.

Tenho muitas coisas borbulhando na minha cabeça. Sempre nas horas erradas, mas isso vocês já sabem.

Quero falar - e mostrar - as fotos do norte de Minas. Estou surpresa com a beleza daqui. A imagem que nos vendem é muito diferente da real. Tem seca e pobreza, sim, mas também tem muita beleza (e arroxa - esse troço me acompanha, pessoas). E é toda essa diversidade que vou mostrar aos poucos.

Grande beijo

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Que falta me faz a internet

Queria passar uns tempos sem usar alguns recusrsos da internet de contato com outras pessoas. Só não precisava ser tanto! Estava com vontade de me ausentar por uns tempos da praga do Orkut e das conversas do Messenger.

Mas a internet é muito mais do que um espaço para a troca de e-mails e papo furado on line. Nesses longos dias em que estou sem acessar, precisei de outros serviços como emissão de segunda via de contas, pesquisa de preços de vários produtos, números de telefones e só aí me dei conta do quanto esse recusro tornou-se tão importante nas nossas vidas. Pelo menos na minha.

Como tem me feito falta este período sem informações sobre minha cidade, as coisas que acontecem em determinados lugares. Isso, sem falar da necessidade de escrever aqui no blog. Senti falta desse negócio de compartilhar as idéias, de jogá-las na roda, discutir, aprender, polemizar e ver no que vai dar.

Ainda não vou consweguir atuaslizar o Sem Compromisso diariamente ousemanalmente, mas assim que der eu volto de vez!!!!!

Saudades!!!

Inté