terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Falar não


De quando em vez, encontro alguém diz que diz sofrer por não saber falar não. São pessoas que fazem coisas sem querer, sem gostar, tudo em nome da felicidade de uma outra pessoa. Mas o problema é que certas coisas ocorrem em efeito cascata, e nesse caso não é diferente. Normalmente as “boas ações” são feitas imaginando-se que o outro nos sirva quando precisarmos. E isso nem sempre acontece. Ou não da forma como desejamos.

E como reage alguém que não sabe falar não quando ouve um não? Receio que nada bem. Quem “serve” costuma depositar uma expectativa muito grande em relação ao outro. O problema é que em algum momento, esta toda essa expectativa pode transformar-se em decepção. E aí, como ficam os sentimentos? Desconfio que não sejam os melhores. Mas dizer não, é preciso. E ouvir também, é claro. 

Educar uma criança implica em colocar limites, e muitos deles só são ensinados por meio da negativa. É como se cada um nascesse absolutamente livre, sem “cercas”, e é o não que dá o limite destas cercas aos pequenos. A negação, por incrível que pareça, é uma forma de mostrar o amor, de afirmarmos que estamos de olho. Internalizamos isso quando nossos pais nos ensinam em pequenos. Então, por que será que nos esquecemos deste ensinamento tão precioso quando nos tornamos adultos?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mais um ano vivido

Em 2011 teve de tudo um pouco. Duvida?
Então, dá uma olhada nisso.

 
“Ano novo, vida nova”. Segui o clichê à risca. Mudei de cidade e de vida. Para coroar as novidades, recarreguei as baterias no mar quentinho do nordeste. Na volta, quase que o meu encontro com São Pedro na porta do paraíso foi antecipado, graças a uma louca que tentava abrir a porta do avião achando que fosse o banheiro. Passado o susto, a vida seguiu.

Comecei em um novo emprego, voltei para o Inglês, ri baixinho, beijei, fiz novos amigos, e quase encontrei um novo amor. Mas Deus é sábio e não permitiu que fosse pra frente. A chance de dar merda era grande.

Segui em frente, matei saudades, recuperei os quilos perdidos, enterrei sentimentos, me readaptei, fiquei perto da família, chorei (menos do que em 2010), senti medo, estudei, cumpri minhas obrigações de cidadã, morri de frio, reencontrei amigos, arrumei mais um emprego, conheci um mala enquanto estudava, continuei sentindo frio, troquei de trabalho, despachei o mala, e o danado do frio seguia firme e forte na minha vida (não precisava ter sido tão presente assim).
Vi filmes, li livros, fucei na internet, tive medo de estar tomando ice “batizada”, gargalhei muitas e muitas vezes, dancei, consolei amigos, recusei emprego, chorei mais um pouco, procurei outro emprego, me maquiei, beijei de novo, quase arrumei um outro amor, arrisquei, escolhi, acertei, esperei, vivi. Vivi, não. Vivo!

A vida é feita dias tristes e alegres, de momentos simples e complexos. E é graças a essa incrível montanha-russa de sentimentos que podemos crescer, e também olhar para trás e rir. Tente ver o lado bom das coisas, sempre tem, acredite. Às vezes o lado bom é justamente mostrar o que está errado. Talvez seja difícil perceber isso de imediato. Não se culpe se for esse o seu caso.
Em 2011, aprendi muito com as experiências de vida. Por isso, espero que em 2012 as coisas boas sejam elevadas ao quadrado e se algo de ruim nos acontecer, que tenhamos força, paciência, sabedoria e fé para enfrentar os desafios. Que saibamos superar os obstáculos. Desejo tudo de melhor no ano que vai chegar. Felicidades a todos!!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Adoro ficar linda, detesto salão


Adoro estar com as unhas bem feitas e os cabelos arrumados. Manicure e cabeleireira são as nossas melhores amigas, sobretudo nos dias em que não estamos nos sentindo muito bem. Acho que podemos ser vaidosas, bem vestidas sem perder a inteligência. Nas 24 horas do nosso dia há espaço para trabalho e família, mas é inegável que também podemos ajustar as nossas agendas para mantermos a cultura e a beleza em dia.

Não, não é porque somos inteligentes que não podemos nos cuidar da nossa aparência. Podemos fazer de tudo um pouco, é quase um dom feminino. O que não dá é para deixar de ler jornal, revista, ler um bom livro para se dedicar a futilidade, e é isso que eu mais vejo quando vou ao salão.

Mulheres bonitas, muitas vezes com uma boa condição financeira, mas absolutamente vazias. Só sabem ostentar, mostrar que têm. Têm um carro zero, um marido rico, uma casa maravilhosa, que viajam para o exterior, pelo menos, duas vezes por ano. Enfim, mostram que têm, mas lamentavelmente, revelam sem se dar conta, que não são nada. Nada além de mulheres fúteis, que não sabem falar com propriedade sobre economia, política ou educação.

É claro que eu não falo de uma análise do mercado financeiro, a política internacional com a ameaça nuclear do Irã ou coisa parecida, mas ler só revista de fofoca e coluna social e falar de “amenidades” também não dá. Morro de preguiça.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Curta

Gente, faz tempo que eu não posto uma notinha curta. Na verdade, fazia tempo que não postava, mas gostaria de teclar sobre uma banda que já conhecia há algum e só agora tiv e tempo de ouvir com calma. Resultado: me apaixonei pelas melodias doces. Odilara foi o achado musical do ano. Quer dizer, um dos achados. O outro foi a maravilhosa Adele, com sua voz forte e letras com as quais nos identificamos. E, não, ela não é depressiva.

Mas como a cantora inglesa já está conhecida em todo canto, com direito a música em novela, deixo um link dos mineiros do Odilara. Para a toda a galera segue o clipe da música "Já é".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ferro e fogo


Não podemos levar tudo a ferro e fogo. Sabe por quê? Quando fazemos isso, nossa vida fica cinza e os músculos tensos demais, nos impede de descansar o corpo e a mente quando vamos dormir, e no dia seguinte, estamos exaustos e com o corpo rijo como o ferro depois que esfria. O trabalho não rende, o trânsito fica mais caótico do que é na realidade e encarar as pessoas torna-se um desafio. Desafio, nada. Na verdade, torna-se um saco mesmo. Também pudera, como vamos conseguir tolerar as piadinhas diárias de uns e outros sem uma pitada de bom humor?

Às vezes, ligar o botão do foda-se é preciso. Estamos precisando trocar o tom incandescente do ferro por flores e borboletas coloridas nos nossos dias. Vamos falar mais besteira, mas lembre-se: falar bobagem, não é sinônimo de fazer bobagem. Não seja tão sério e exigente consigo. Seriedade, respeito e amor próprio são indispensáveis à uma vida saudável em todos os sentidos, mas rir de nós mesmos e da vida, pode ser o primeiro passo no caminho em busca de uma tal felicidade.

Chorar, sim, quando for preciso. Porém, as lágrimas devem ser apenas uma forma de espantar a tristeza e não pode transformar-se em uma rotina. Não deixemos de colocar mais leveza nos nossos dias. Assim, o tom cinza do ferro resfriado vai ganhar nuances rosas, amarelas, alaranjadas, verdes, azuis e violetas, e nossos dias certamente ficarão mais divertidos!

domingo, 20 de novembro de 2011

A cor do amor


Se pudéssemos traduzir os sentimentos em cor, acho que a paixão seria vermelha e a indiferença, branca. Ninguém em sã consciência quer viver muito tempo no ambiente vermelho da paixão. Ele é muito legal, mas por ser forte, cansa logo. Estar apaixonado é maravilhoso, mas viver de paixão 24 horas por dia, sete dias por semana durante muito tempo é altamente estressante. Por outro lado, experimentar a cruel sensação de ser invisível para alguém é terrível. A brancura da indiferença, além de triste, também é cansativa.

Para mim, se o amor tivesse uma cor seria rosa. E eu acho isso engraçado porque o rosa é justamente a mistura da paixão vermelha e da branca indiferença, porém esses elementos nada têm a ver com a tranqüilidade do amor verdadeiro. O vermelho costuma dar o tom do início de um relacionamento (as tais borboletas no estômago) e o branco, do final (o gelo total).

O rosa é delicado, traz paz, tudo o que se precisa para construir um alicerce firme de uma história de amor. A delicadeza e a paz trazem consigo a paciência, a compreensão e a confiança. Vejo o amor como uma casa e esses ingredientes são a massa sólida que usamos para erguê-la. A nossa vida corrida não nos tem permitido cultivar esses sentimentos em nós. Então, se não temos tempo para exercitarmos a paz e a delicadeza em nós mesmos, como vamos conseguir encontrar alguém para juntos prepararmos a massa sólida do amor?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dilema feminino

A reclamação entre as mulheres hoje é geral. Todas reclamam que o mercado está difícil. O mercado de HOMENS. Os critérios para se escolher um pretendente se assemelham com as etapas de seleção para ingressar em uma empresa. Dia desses, vi até uma piadinha circulando na internet. Era algo do tipo: “homem é igual a mercado de trabalho: vaga tem, o que falta é qualificação”. Palmas para quem criou a frase, porque o negócio é por aí mesmo.

Nós somos modernas, independentes, cuidamos da nossa aparência, compramos tudo o que queremos sem depender dos homens. Somos profissionais bem sucedidas. Teoricamente podemos criar nossos filhos tranquilamente sem a figura paterna. Digo teoricamente, porque desse momento em diante, nós começamos a nos comportar como as nossas mães e avós. Elas sonhavam com o seu grande amor, um homem para ser o provedor da família. Aqueles que iriam “amá-las, respeitá-las, serem fiéis até que a morte os separassem”.

Nossas mães e avós se casaram e os maridos não foram bem como elas sonharam. A maioria dos homens descumpriu as lindas promessas feitas no altar, e elas batalharam, trabalharam muito, algumas em casa e outras fora, nos criaram bem. Mas parece que esqueceram de nos ensinar que eles podem até aparecer nas nossas vidas e fazer juras de amor eterno, porém, dificilmente irão cumpri-las.

Por isso, as mulheres da minha geração, acostumadas com independência, estão experimentando o sabor do sucesso profissional e o fracasso na vida pessoal. Elas querem se casar, ser mães e ter um cara companheiro para dividir a cama, as contas, as alegrias e tristezas. A questão é que eles têm um jeito de amar muito diferente do nosso. Não estou defendendo o papel dos homens, de maneira alguma, mas acho que quem quer ter um companheiro “para sempre” precisa entender que eventuais (ou constantes) traições fazem parte do pacote. Eles dizem que é uma questão de instinto, mas há controvérsias. Uns são mais inteligentes e não deixam rastro, ao contrário de outros, mas, no fundo, praticamente todos traem, e conviver com um homem hoje significa fazer uma opção difícil, porém necessária.

Infelizmente, as mulheres que buscam estabilidade também ao lado de um companheiro estão tendo que decidir se querem conviver com o fantasma da traição ou se preferem levar a vida sozinhas e sem sobressaltos. Uma visão triste e, em certa medida, machista. Seria tão bom se fosse tudo de outro jeito. Por que dois seres que teriam sido feito para se completarem são tão diferentes?