quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

É tempo de mudança

Tarde quente de domingo. Dia 11 de novembro de 2007. Calor absurdo. Um monte de malas e muitas expectativas. O ar condicionado do ônibus não funcionava. As curvas da BR 381 entre Belo Horizonte e João Monlevade me deixaram enjoada. Assim foram os primeiros quilômetros rumo Teófilo Otoni, a nova cidade onde ia trabalhar como produtora de telejornalismo. Nove horas depois e duas trocas de ônibus, a viagem acabou. Ufa! Peguei um taxi e segui para o hotel.

Assim começou uma trajetória que duraria três anos e me levaria a outros lugares. Adaptação a uma nova cidade, as descobertas da vida de mulher adulta que vive sozinha e ao emprego tão esperado. Vida nova!

É como eu sempre digo e vira e mexe acontece. O mundo dá voltas. Dois meses antes estava de malas prontas para me mudar para o sudeste do Pará. Querer eu não queria, mas era a oportunidade que havia aparecido. Me salvei aos 45 do segundo tempo. Um trabalho temporário em Governador Valadares me abriu portas para Teófilo Otoni. Convenhamos, era beeemmm melhor do que Canaã dos Carajás.

A experiência não foi fácil. Um ano na cidade. Dificuldades de entrosamento com as pessoas. Era muito trabalho. Dois pra falar a verdade. Produtora de segunda a sexta mais plantões, aulas na faculdade duas vezes por semana e pós-graduação um final de semana por mês. Praticamente um sacerdócio.

Ao final do primeiro semestre a faculdade me dispensou. A única turma havia se formado. A pós já tinha ido por água abaixo. Voltei a ser produtora e dona-de-casa. Era uma rotina pesada e ao final do primeiro ano decidi: aqui eu não fico mais.


E aí apareceu um novo desafio. Ser repórter em Montes Claros. Já estava adaptada ao calor do Vale do Mucuri, não teria que sofrer com isso. No mais, a vida recomeçaria do zero. De novo. Me enchi de coragem e fui em busca de um sonho e não apenas de uma promoção.

Dois anos na cidade norte mineira. Outra história. A vida era mais agitada. Tinha shopping, cinema, opções de lazer e ... amigos! Também tinha muito trabalho, mas era possível viver. Tinha o que fazer.

Fiz grandes amizades, conheci muitos lugares, cai, me esfolei, levantei, cresci e aprendi muito. Também esperei por oportunidades que não vieram. Não foi de braços cruzados, mas enfim. Passou. Tudo passa.

Agora é hora de fazer as malas mais uma vez. Havia prometido para mim mesma que aqui seria o último lugar onde moraria. Depois daqui, só Belo Horizonte, minha terra. Antes de Montes Claros já havia passado por outras quatro cidades. Estava cansada de levar uma vida nômade.

Definitivamente não sou a mesma de três anos atrás. Muita coisa mudou e para melhor. Mais madura, com experiência profissional. É o fim de um ciclo. Agora é juntar as coisas, abraçar os amigos e seguir em frente. Que a nova etapa venha logo e cheia de  boas notícias.

Literalmente em 2011 será: ano novo, vida nova!!! Está definido!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Curta

DVDs

Este final de semana assisti o DVD do acústico do Cheiro de Amor. Ganhei em uma entrevista que fiz com eles em 2009. Depois de mais de um ano guardado resolvi assistir. Estava de bobeira e curti muito. Adorei!
Também relembrei o último grande evento antes do fechamento do Mineirão, que está em reforma para a Copa de 2014. O show do Skank, no dia 19 de junho, foi um dos pontos altos do ano. Valeu muito estar lá. Vai uma foto para recordar a noite. Boa música, ótimos amigos no mais Belo Horizonte.
“Ahaaa, uhuuu, o Mineirão é nosso”. Perfeito! Denise, Léia, Alexandre, eu  e Di.


domingo, 26 de dezembro de 2010

Novidades

Estou fazendo um cronograma com os textos que pretendo publicar. Resolvi levar o Sem Compromisso a sério nessa virada de ano. Espero postar toda semana um texto novo. Estou fazendo a lista de temas. Se quiserem sugerir algum assunto, vou adorar. Será um novo desafio.

Pensei em mais uma coisa. Achei legal fazer pequenas postagens entre uma publicação e outra. O nome será Curtas. São observações do dia a dia. Sei lá, música, filme, uma foto, uma notícia. Qualquer coisa. Espero que curtam.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Calorão

É véspera de natal. As ruas estão entupidas de pessoas que deixaram para comprar o presente na última hora. Nos supermercados, filas enormes para levar os ingredientes que ainda faltam para a ceia. O shopping também está cheio e o ar condicionado das lojas não funciona.

Por que a gente se sujeita a mesma coisa todo ano? Falta de tempo, indecisão, espera pelo recebimento do décimo terceiro. Arrumamos vários motivos para atrasar as compras.

E no meio de tanto corre corre, o calor infernal do verão chega para nos fazer companhia. Entre bolsas e sacolas vamos pelas ruas e corredores levando presentes. Às vezes, carregamos mais do que isso. Levamos sonhos guardadinhos nos pacotes. Mas com a companhia constante do suor escorrendo pelos nossos rostos.



Mas o maior presente que Papai Noel poderia nos dar hoje, pelo menos, no sertão de Minas, é um pouco de chuva. E ele deu. A água que cai do céu agora é mais do que um presente. É um sonho. Já devem ter uns seis dias que dormir bem virou privilégio de quem tem ar condicionado. Tudo por causa desse calorão.

Hoje eu trocava um presente por uma chuva mansa, bem refrescante. Nem precisei pedir, Ele mandou. O melhor é que muita gente também sai no lucro. Já estava na hora. Obrigada, Senhor!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Libertação

Ela foi a melhor companheira que um homem poderia querer. Dedicada, compreensiva, disposta a tudo para deixá-lo bem, para fazê-lo feliz. Mas sentia que algo estava estranho. Durante a curta convivência deles, ela achava a relação unilateral e até se dava conta disso, mas relevava. Havia um motivo aparentemente justo.

Ele se justificava. O trabalho era muito e o tempo pouco, mas logo, logo tudo ia acabar. Era uma questão de tempo. E aí eles poderiam engatar o relacionamento. Passear, fazer atividades normais de qualquer casal que começa uma história. Ela esperava ansiosamente. Marcava o calendário como presidiário que conta os dias para reencontrar a liberdade.

Quando o prazo final chegou tudo deu errado. Nada saiu como o planejado. Tanto esforço para nada. Esta foi a maior decepção da vida dele. A pancada foi tão forte que ele perdeu o rumo. E mais uma vez, ela sempre dedicada e amorosa esteve lá ao lado.

Antes por causa das obrigações, ele não podia retribuir o amor. Agora eram as tristezas que o impediam. E ela lá, esperando o pior passar para dar sequência à sua “nova” vida que esperou meses a fio.

Ninguém sabe a dor que o outro carrega dentro de si e talvez ele não consiga se recuperar tão cedo do baque, mas a vida continua e seguiu em frente ainda cambaleando por causa da rasteira que levou.

Só que a estrada que ele escolheu trilhar era muito estreita. Não havia espaço para ela. Mesmo que houvesse, ele não parecia querer ninguém por perto. Quanto mais leve e livre, melhor. Ele seguiu sem dar explicações. Simplesmente foi. Sem despedida, sem adeus. 

Ela sofreu muito. O problema não foi seguirem por caminhos opostos e sim como isso se deu. A indiferença e o desprezo dele foram um grande desgosto. Principalmente porque se jogou de cabeça.

Mas aos poucos reergueu a cabeça, viu seu real valor e também escolheu uma estrada. Uma via ampla, com obstáculos, é claro, mas que leva a caminhos que lhe proporcionarão imagens e momentos que vão fazer a dor que ela sentiu um dia parecer uma bobagem. Coisa pequena, sem relevância.

O que fica de tudo isso é que as decepções por mais duras que sejam, ensinam e não matam. Tomara que ambos tenham aprendido algo com tudo isso. Que ela conheça e respeite os limites do amor próprio e pelo outro. E que ele veja que os objetivos devem ser perseguidos, mas sem esquecer que existe uma vida para viver e ser feliz e que amar não faz mal para ninguém.

Que ambos se libertem das suas amarras.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Estou voltando!!!!

Oi, gente!!!

Peço desculpas por ter ficado tanto tempo ausente. Achei melhor me calar por algum tempo para não escrever bobagem. O momento não era dos melhores.
Mas eu prometo me redimir com vocês e voltar a escrever. Hoje ganhei um grande incentivo para voltar. Isabella, uma das minhas seguidoras que não conheço mandou mensagem que me fez querer muito voltar. Obrigada, Isabella!!!
Em breve estarei de volta.
Beijos a todos!!!

PS.: Vai uma fotinha para não se esquecerem da minha cara rsrs (o rabo de cavalo não faz parte do figurino)