quinta-feira, 17 de março de 2011

Filhos


Meus hormônios não estão pulando dentro de mim pedindo um filho. Às vezes me acho anormal por isso. Praticamente todas as minhas amigas, conhecidas, colegas estão enlouquecidas por um bebê.

Eu quero, mas não para daqui a nove meses ou um ano. Antes têm coisas mais importantes a fazer, como viajar, curtir a vida, trabalhar, me qualificar e, claro, encontrar o sapo que será pai do rebento (tem que ser o sapo porque o príncipe, eu deixo para Cinderela, Branca de Neve e similares).

Quando imagino as noites mal dormidas, fraldas, choro, etc, etc, tenho certeza absoluta de que ainda não é a hora. Mas mesmo assim, eu penso em como eu quero criar um filho. Na verdade, dois. Meus pimpolhos já estão sendo planejados, embora faltem alguns elementos imprescindíveis para que eles venham ao mundo.

E como sonhar não custa nada, gostaria de ter um casal. Primeiro uma menina e depois um menino. O pai teria que ser presente, responsável e carinhoso com as crianças. Um educador de fato.

A educação não poderia ser inferior a que eu recebi. E nesse ponto começam alguns “problemas”. E penso 2.000 vezes. Criar um filho hoje não é fácil e nem barato. Educação de qualidade custa caro. O mundo é competitivo e exige qualificação desde cedo. Para isso, aulas de inglês, espanhol, informática e por aí vai. A socialização e a prática de atividade física são indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Natação, balé, futsal, não interessa, tem que fazer alguma coisa. Nas férias, a família vai querer (e precisar) descansar. Viagem para todos não é uma pechincha. Sai caro.

Além de tudo, tem a violência que já assusta os nossos pais – e olha que somos adultos, hein? Pense então nos pais de crianças. Quando vejo mortes de jovens por brigas sem sentido ou por bala perdida, penso: como criar um filho hoje em dia? Em que mundo ele vai ter que viver?

Sei que a minha visão é pessimista e que talvez não deixe de ter os meus filhos por esses motivos. É claro que eu percebo o amor e a plenitude que só a maternidade proporcionam a uma mulher e as alegrias que os pequenos dão para toda a família. Mas realmente não é fácil tomar a decisão de colocar mais uma vida nesse mundo maravilhoso porém, cercado de perigos e armadilhas.

3 comentários:

Lígia Chagas disse...

Amiga, eu também não tenho hormônios pulando para ser mãe... já tive vontade, mas acho que hoje eu não quero mais. Admito meu egoísmo sem constrangimento algum. Porque, pelo menos neste momento, eu não estou disposta a abrir mão de nada... e filhos consomem a vida das pessoas. Tudo é para eles, inclusive as férias... e como eu já deixei de acreditar no romance há anos, também desisti da maternidade... é tudo lindo nas novelas... mas espere só chegar a fatura do cartão de crédito ou a boleta do plano de saúde... rsrs.

Amo crianças... mas gosto mais quando elas crescem... e porque eu amo crianças, quero ser a melhor tia (literalmente) do mundo!! rsrsrs

Ana disse...

Concordo com tudo. Mas sabe qual é o meu único receio? Nossos óvulos perdem qualidade a cada ano.

Mas eu evito pensar nisso porque é papo de maluco. por outro lado, a medicina está fazendo novas descobertas constantemente. Prefiro acreditar nisso.

Unknown disse...

Aninha, eu tb já desisti de ser mãe, conforme explicitado aquele dia no shopping Del Rey. Ou seja, vc não está só nessa! E como vc disse, há mta coisa pra se fazer ainda na vida! Principalmente viajar! hehehe E eu não tenho jeito c/crianças! Já me conformei com isso.rs! Bjos!