domingo, 30 de novembro de 2008

Como o blog começou


A história do blog começou a passar pela mainha cabeça quando fui fazer uma entrevista de emprego e o diretor da empresa (que faz conteúdos para a net) me pediu para escrever um texto sobre as minhas impressões a respeito da rede mundial de computadores. Confesso que fiquei sem saber o que colocaria no papel. Não conseguia pensar em nada inteligente, muito menos interessante. Talvez porque nunca havia parado para pensar no assunto. Usava a internet para trabalhar, me comunicar, informar, rir um bocado, resolver coisas práticas e só.

Não sabia por onde começar. Várias coisas se passavam pela minha cabeça naquele momento e tudo parecia ser mais importante do que isso, tudo roubava minha atenção. De cabeça cheia, acabei esquecendo do tal texto. Lembrei umas duas semanas depois. Estava querendo muito aquela oportunidade, mas como consegui apagar da minha memória a lembrança de fazer parte do teste para continuar na disputa pela vaga? Justo eu! Conhecida entre os meus amigos pela super memória.

O fato é que em meio à confusão que estava na minha cabeça naquele momento, várias idéias começaram a surgir (algumas tolas e outras nem tanto) e eu simplesmente não sabia o que fazer com elas. Então comecei a pensar em escrever e deixar arquivado no computador, mas seria o mesmo que conversar com as paredes da minha casa. Queria compartilhar com outras pessoas o que penso, e olha que isso vai – ou ia – contra que acreditava. Mostrar meu textos, meus pensamentos para todo mundo? Jamais!
Definitivamente, alguma coisa estava acontecendo e acho que não era ruim. Pensei muito e comecei a entender o que a internet significava na minha vida. Lembrei-me que o Orkut não serve pra quase nada, mas eu continuo lá. Vai ver é porque podemos continuar ligados àqueles que conhecemos anos atrás. Uma ligação virtual, superficial, mas temos a certeza que estamos a um clique de distância dessas pessoas.

Lembrei-me também que o e-mail nos faz viver experiências variadas. Mensagens respondidas por colegas que eu admiro, respostas aguardadas ansiosamente, piadas, as mensagens que nos faz refletir, as insuportáveis correntes, além de encontros e despedidas.

Agora a internet, mais do que nunca, me serve para mais uma coisa. Desabafar e encontrar pessoas que leiam e entendam o que se passa porque sentem o mesmo. Essa página e essas palavras são um alívio.

Talvez tenha perdido a vaga porque não escrevi, mas certamente, isso tudo foi o início de uma nova fase. Vivamos a vida e as oportunidades de mudanças que ela nos oferece.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Trocando o dia pela noite


Seu relógio biológico age como se que vocês morassem no Japão e insiste em trocar o dia pela noite? Não se preocupe, vocês não estão sozinhos nessa.

Se pudesse pedir uma coisa, só uma coisinha para o meu, seria para ele funcionar de sete da manhã às dez da noite. Que depois disso, me deixasse descansar, relaxar. Nada de ter idéias brilhantes depois das 23 horas, viu senhor relógio? Até porque suas idéias nem são tão brilhantes como você pensa.

Ah, e que fique bem claro! É muito melhor para nós dois dormirmos à noite e cuidarmos da nossa vida durante o dia. "O Fantástico Mundo de Ana" deve funcionar, de preferência, em horário comercial. Estamos entendidos?

Só pra saber

Alguém aí já teve a sensação de falar grego com sotaque japonês?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Síndrome dos vinte e tantos anos

Se eu me fiz entender no post anterior, não sei. Na dúvida, esse texto complementa o que escrevi ontem.

A SÍNDROME DOS VINTE E TANTOS ANOS

A chamam de 'crise do quarto de vida'. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado (a) etc...

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'. ...E às vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, à noite você se lembre e se pergunte porque não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um (a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo.

Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar debaixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é...

Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... apenas com medo e confuso (a). De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa como futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar à carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele.

Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15, 16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça...Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos... Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.

Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanhã teremos 30?!?! Assim, tão rápido?!?! FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO...QUE ELE NÃO PASSE! A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego... Talvez, esse texto ajude outra pessoa a se dar conta de que não está sozinha em meio a tanta confusão...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A outra adolescência

É estranho. Me olho no espelho e não me sinto com a idade que tenho. Até que ponto isso é bom? Se para o ego, aparentar menos do que temos é um ótimo negócio, não diria o mesmo para certas decisões que temos que tomar ao longo da vida. É, porque olhando para o espelho, temos a impressão que a juventude vai durar mais do que o previsto e que, por isso, temos mais tempo para experimentar, errar, acertar e fazer as melhores escolhas.
Penso que depois dos vinte e cinco anos é como se voltássemos a ser adolescentes de um outro jeito. Vejo uma ansiedade enorme em fazer as coisas acontecerem o quanto antes e da melhor forma possível. Afinal, estamos chegando cada vez mais perto dos trinta. Estamos nos redescobrindo. Se antes eram apenas sonhos, agora já temos uma pequena, porém respeitável bagagem. Estão arquivadas na mente boas lembranças, mas também cicatrizes. E sabemos, ou pensamos que sabemos, o que é utopia e com o que podemos seguir em frente.
O modo como encaramos a vida mudou muito de lá pra cá. Já não idealizamos o trabalho perfeito. Estamos correndo atrás para fazermos sempre o melhor e assim, conseguir nos manter com o que temos, sem nunca deixar de pensar em crescer profissionalmente e, claro, ganhar dinheiro. Não muito, apenas o suficiente para vivermos com dignidade e realizarmos alguns dos sonhos antigos.
Se analisarmos friamente, veremos que muitos dos amigos ficaram perdidos pelo meio do caminho e outros chegaram. A disposição para aquelas baladas intermináveis já não é a mesma faz tempo. Já aceitamos que os príncipes só existem nos contos de fadas, nos filmes produzidos em Hollywood ou nas novelas do Projac. Entendemos que, no máximo, vamos encontrar sapos encantados por aí (mas não se empolgue muito). E é com um desses que vamos nos enrolar.
Já quebramos a cara algumas vezes, mas não desistimos dos nossos sonhos. A hora de desejar e esperar o tempo passar já era. Agora é tempo de agir. O problema é que, nem sempre, as ações dependem única e exclusivamente da nossa vontade. Precisamos de paciência para esperar as coisas acontecerem no momento certo enquanto seguimos na luta. Mas isso, às vezes é angustiante. É o medo de pensar que a vida está passando cada vez mais rápido. Medo de quando chegar no final da caminhada, notar que não tiramos o proveito máximo dela.
Pode até doer, mas é preciso passar por esse processo para crescer. Não sei se passaremos por outras adolescências, mas tenho certeza de que novamente, vamos levar belas recordações e tentar nos proteger de todas as formas para não ficarmos com cicatrizes.
O jeito é enfrentar os obstáculos e nunca esquecer que, por mais tortuosos que sejam os caminhos, a vida sempre foi e sempre será linda, apesar de tudo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Rir é tudodebom.com.br

Ouvi falar do You Tube pela primeira vez em 2006 com a história da Daniela Ciccareli na praia espanhola com o namorado. Não conhecia o site, não sabia nada. No ano seguinte teve um dia que estava entediada e me lembrei que tinha um vídeo de uma tal de Ruth Lemos que era engraçadíssimo. Resolvi acessar e não me arrependi.

De lá pra cá, sempre que estou meio jururu ou cansada da mesmice, procuro diversão no site. Há uns quinze dias me lembrei que mais ou menos dois anos atrás eu assisti o DVD Terça Insana, de um grupo de teatro paulista. Enfim, fucei e achei novas pérolas.

Queria postar uma delas, mas ainda estou aprendendo a mexer nesse troço. Colei o link da esquete "Mary Help", uma empregada muito louca. São risadas garantidas. Divirtam-se.

http://br.youtube.com/watch?v=Felfas4p7p0

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Certos pratos ficam para sempre sujos


Tem coisa que é básica. “A gente tem que gostar de quem gosta da gente”. Quem nunca ouviu isso? Mas às vezes insistimos em não colocar essa espécie de regra em prática. Na verdade, acho que todo mundo faz isso em algum momento da vida. E eu não estou falando de relacionamentos amorosos, ou só deles. Me refiro também (e principalmente) a amizades longas e belas que vemos se desmanchar diante de nossos olhos por nada, brigas de família que rompem laços que não têm como ser cortados.

Quando uma coisa dessas acontece, eu defendo sempre uma conversa bem franca. Sou a favor das conversas sinceras para deixar tudo às claras. Não gosto de nada mal resolvido, mas tenho aprendido com a vida que nem sempre tem como colocar as pendências em pratos limpos. Quando isso acontece, eu penso, penso e chego a milhares de conclusões. Das mais lógicas as mais fantasiosas. Entre todos os questionamentos que me faço nessas situações, um é mais freqüente do que os outros. Por que o outro lado evita uma conversa franca e, às vezes definitiva? Medo de ouvir o que está errado? Covardia? Imaturidade? Falta de confiança? Egoísmo? Não tenho certeza de nada, mas desconfio que seja tudo isso junto no mesmo pacote.
Considero atitudes como essas lamentáveis, mas creio que essas pobres pessoas tenham que aprender lições pela dor e não pelo amor. A nós, nos resta apenas não guardar mágoas e lembrar das sábias palavras de São Cazuza: “vamos pedir piedade, Senhor, piedade pra essa gente careta e covarde”. Amém.

Blog feito à mão. Já viu isso?




Fazia tempo que queria escrever, mas me faltava coragem. Até que um dia a tal da coragem apareceu. Depois, deu vontade de compartilhar essas idéias com as pessoas, mas me sentiria nua se fizesse isso. É exposição demais pra minha cabeça. Mas pensei melhor e resolvi tentar.

Comecei do modo artesanal mesmo. Papel, caneta e vários pensamentos loucos para pularem da minha caixola para a folha em branco. Mas o trabalho me chamou à realidade. Tive que parar com meus devaneios temporariamente.

Horas mais tarde tentei voltar a escrever, mas havia perdido o pique. Nem sei se o texto do outro dia ainda será postado, já que estou fazendo esta outra apresentação.

Minha proposta é escrever as minhas impressões sobre a vida, o jornalismo (sou apaixonada por essa praga rsrsrs) e tudo mais que der na telha. Nem sempre irei escrever coisas baseadas nas minhas experiências. Isso não é um diário virtual. Tem opiniões que continuarão muito bem guardadas. Espero que vocês embarquem nessa viagem comigo. Let's have fun, just fun!!!

Não quero fazer promessas. Afinal, não estou em campanha política (rsrsrs). Mas vou me esforçar para atualizar a página uma vez por semana. Pode ser que eu faça umas 15 postagens por semana. Vai saber, né?
Beijos