terça-feira, 18 de novembro de 2008

Certos pratos ficam para sempre sujos


Tem coisa que é básica. “A gente tem que gostar de quem gosta da gente”. Quem nunca ouviu isso? Mas às vezes insistimos em não colocar essa espécie de regra em prática. Na verdade, acho que todo mundo faz isso em algum momento da vida. E eu não estou falando de relacionamentos amorosos, ou só deles. Me refiro também (e principalmente) a amizades longas e belas que vemos se desmanchar diante de nossos olhos por nada, brigas de família que rompem laços que não têm como ser cortados.

Quando uma coisa dessas acontece, eu defendo sempre uma conversa bem franca. Sou a favor das conversas sinceras para deixar tudo às claras. Não gosto de nada mal resolvido, mas tenho aprendido com a vida que nem sempre tem como colocar as pendências em pratos limpos. Quando isso acontece, eu penso, penso e chego a milhares de conclusões. Das mais lógicas as mais fantasiosas. Entre todos os questionamentos que me faço nessas situações, um é mais freqüente do que os outros. Por que o outro lado evita uma conversa franca e, às vezes definitiva? Medo de ouvir o que está errado? Covardia? Imaturidade? Falta de confiança? Egoísmo? Não tenho certeza de nada, mas desconfio que seja tudo isso junto no mesmo pacote.
Considero atitudes como essas lamentáveis, mas creio que essas pobres pessoas tenham que aprender lições pela dor e não pelo amor. A nós, nos resta apenas não guardar mágoas e lembrar das sábias palavras de São Cazuza: “vamos pedir piedade, Senhor, piedade pra essa gente careta e covarde”. Amém.

Um comentário:

Ju disse...

uai Don'Ana, acho que não tinha lido este texto por inteiro não...ficou MUITO BOM!
ps: tá em BH não tá? Dá sinal de vida muié!
bJU