terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dilema feminino

A reclamação entre as mulheres hoje é geral. Todas reclamam que o mercado está difícil. O mercado de HOMENS. Os critérios para se escolher um pretendente se assemelham com as etapas de seleção para ingressar em uma empresa. Dia desses, vi até uma piadinha circulando na internet. Era algo do tipo: “homem é igual a mercado de trabalho: vaga tem, o que falta é qualificação”. Palmas para quem criou a frase, porque o negócio é por aí mesmo.

Nós somos modernas, independentes, cuidamos da nossa aparência, compramos tudo o que queremos sem depender dos homens. Somos profissionais bem sucedidas. Teoricamente podemos criar nossos filhos tranquilamente sem a figura paterna. Digo teoricamente, porque desse momento em diante, nós começamos a nos comportar como as nossas mães e avós. Elas sonhavam com o seu grande amor, um homem para ser o provedor da família. Aqueles que iriam “amá-las, respeitá-las, serem fiéis até que a morte os separassem”.

Nossas mães e avós se casaram e os maridos não foram bem como elas sonharam. A maioria dos homens descumpriu as lindas promessas feitas no altar, e elas batalharam, trabalharam muito, algumas em casa e outras fora, nos criaram bem. Mas parece que esqueceram de nos ensinar que eles podem até aparecer nas nossas vidas e fazer juras de amor eterno, porém, dificilmente irão cumpri-las.

Por isso, as mulheres da minha geração, acostumadas com independência, estão experimentando o sabor do sucesso profissional e o fracasso na vida pessoal. Elas querem se casar, ser mães e ter um cara companheiro para dividir a cama, as contas, as alegrias e tristezas. A questão é que eles têm um jeito de amar muito diferente do nosso. Não estou defendendo o papel dos homens, de maneira alguma, mas acho que quem quer ter um companheiro “para sempre” precisa entender que eventuais (ou constantes) traições fazem parte do pacote. Eles dizem que é uma questão de instinto, mas há controvérsias. Uns são mais inteligentes e não deixam rastro, ao contrário de outros, mas, no fundo, praticamente todos traem, e conviver com um homem hoje significa fazer uma opção difícil, porém necessária.

Infelizmente, as mulheres que buscam estabilidade também ao lado de um companheiro estão tendo que decidir se querem conviver com o fantasma da traição ou se preferem levar a vida sozinhas e sem sobressaltos. Uma visão triste e, em certa medida, machista. Seria tão bom se fosse tudo de outro jeito. Por que dois seres que teriam sido feito para se completarem são tão diferentes?

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Ana,
Desculpe por estar respondendo um post tão antigo! É que cheguei até seu blog meio que de casualidade, li essa matéria e me vi obrigado a comentar, vamos lá:
Traição faz parte do pacote?
Discordo completamente dessa afirmação. Acho que tem muitos homens (e também muitas mulheres) infiéis por ai, mas isso não significa que seja impossível achar um parceiro fiel.
Por um momento, vamos deixar de lado a Lealdade (que eu pessoalmente acho bem mais importante) e falar exclusivamente de fidelidade. A fidelidade não é uma promessa, é uma escolha diária. Significa que mesmo havendo um monte de estímulos e tentações lá fora, escolhemos ser fiel à pessoa que amamos, mesmo tendo a possibilidade de trair sem sermos descobertos. Não se trata de ser fiel ao outro, se não de ser fiel a você mesmo e ao que você escolheu para sua vida. Eu já muito infiel no meu relacionamento anterior (assim como minha ex também foi) e hoje, do lado da minha segunda esposa, eu não sinto necessidade nenhuma de traí-la. Isso quer dizer que deixei de gostar de mulher? Claro que não! Vocês mulheres são maravilhosas, cheirosas, lindas... mas mesmo assim eu escolho a mulher que amo diariamente. Nenhuma tentação vale mais a pena do que o que existe entre nós dois. Um corpo gostoso, uma boa transa, são só prazeres passageiros que não aportam nada para sua vida, a diferença de uma vida a dois com sua alma gêmea, que mesmo com problemas, mesmo com conflitos, te traz um sentimento diário de estar fazendo a coisa certa na sua vida. Bem, é isso. Já fui infiel e hoje sou fiel por opção, respeito a pessoa que tenho do lado e respeito minha escolha, que é ela. E acredito que não seja o único homem no universo que pensa dessa maneira.

Abraço,
Emiliano.