Escolhi viver de escrever. O meio que eu faço isso hoje não foi bem o que eu havia planejado, mas certas coisas não se explicam. Paixão é paixão, e ponto final. Na época de faculdade eu era uma estudante com um certo bloqueio de redigir tudo o que não fosse notícia factual, ou seja, os fatos relevantes que acontecem no dia a dia. Escrever uma crônica era muito difícil, um conto então, quase impossível. Foi quando imaginei que não seria mais do que uma jornalista que conta o que acontece de mais importante na minha cidade, no meu estado, no meu país ou no mundo.
E foi exatamente por causa do meu trabalho que descobri que tinha jeito para escrever outras coisas. Sou uma pessoa muito ansiosa e, vira e mexe, na hora de dormir, eu pensava – e ainda penso – mil coisas. Isso sempre atrapalhou o meu sono, mas eu fazia vista grossa. Até que, quando fui morar sozinha, senti a necessidade de compartilhar os meus pensamentos. Esse problema foi fácil de resolver. Criei o blog e tudo se resolveu, mas por muito pouco tempo. A ansiedade veio com tudo, e a avalanche de ideias também.

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