sábado, 15 de outubro de 2011

Eu quero dormir, eu quero escrever


Escolhi viver de escrever. O meio que eu faço isso hoje não foi bem o que eu havia planejado, mas certas coisas não se explicam. Paixão é paixão, e ponto final. Na época de faculdade eu era uma estudante com um certo bloqueio de redigir tudo o que não fosse notícia factual, ou seja, os fatos relevantes que acontecem no dia a dia. Escrever uma crônica era muito difícil, um conto então, quase impossível. Foi quando imaginei que não seria mais do que uma jornalista que conta o que acontece de mais importante na minha cidade, no meu estado, no meu país ou no mundo.


E foi exatamente por causa do meu trabalho que descobri que tinha jeito para escrever outras coisas.  Sou uma pessoa muito ansiosa e, vira e mexe, na hora de dormir, eu pensava – e ainda penso – mil coisas. Isso sempre atrapalhou o meu sono, mas eu fazia vista grossa. Até que, quando fui morar sozinha, senti a necessidade de compartilhar os meus pensamentos. Esse problema foi fácil de resolver. Criei o blog e tudo se resolveu, mas por muito pouco tempo. A ansiedade veio com tudo, e a avalanche de ideias também.

O que acontece até hoje é que quando o sono vem, meus pensamentos se intensificam e me dá uma vontade louca de correr para o computador. Eu quero dormir, mas sinto uma grande necessidade de escrever. Ultimamente um bloquinho tem espaço cativo no meu criado mudo. Certamente, amanhã, na hora em que o despertador tocar, vou me arrepender amargamente dos minutos preciosos que passei em frente ao computador compartilhando meus pontos de vista nada a ver com o mundo! Mas nada posso fazer porque paixão é paixão, e ponto final.

Nenhum comentário: