quinta-feira, 14 de abril de 2011

A arte de encontrar pessoas

Encontrar pessoas é comigo mesma. É cada figura improvável nos lugares mais inusitados do mundo. Já encontrei uma colega de profissão que não via fazia uns cinco anos num forró em Fortaleza. A desmemoriada não lembrou de mim, mas tudo bem. A gente releva os pobrezinhos de memória fraca. O mesmo aconteceu numa noite de dezembro de 2009. Era véspera de natal, quando estava com umas amigas na boate e eis que passa um colega dos tempos de ensino médio. Não agüentei e bati no ombro dele: por favor, seu nome é “Fulano de Tal”? Ele: sim! E emendou: Ana? Bingo! Nos reencontramos no meio de centenas de pessoas após uma década sem nos vermos.

Certa vez, quando estava fazendo reportagem num shopping sábado à tarde, trombei com outro colega de colégio bebendo chopp com amigos na praça de alimentação. Trocamos algumas palavrinhas e a vida seguiu em frente.

Um dos mais recentes foi com um colega de uma pós-graduação que não terminei. Acho que fiz aula só por dois meses. Nos falamos umas poucas vezes depois disso e, surpreendentemente, o encontrei enquanto estava parada na rua esperando um ônibus. Demorei uns dois segundos para ter certeza de que era ele mesmo. Imediatamente nos cumprimentamos, conversamos rapidamente e, mais uma vez, a vida seguiu em frente.

Bom, mas nem sempre o reencontro é com pessoas legais. Já pensei que não fosse encontrar com alguém e quando me dei conta, estava diante da figura. Uma, duas, três vezes. Isso deve ser carma. Bom, esses não merecem ser lembrados em detalhes.

Meus amigos dizem que é só comigo que esse tipo de coisa acontece e o mais interessante é que é numa freqüência acima da média para qualquer outro mortal. Tem gente que me fala que o culpado por isso é o ônibus. “Se você tivesse carro, isso não aconteceria tanto”. Tenho minhas dúvidas.

Esses são apenas alguns dos exemplos, mas tem muito mais situações que já me aconteceram. Acho que a ciência deveria me estudar. Sou um fenômeno de rever gente “perdida” pelo mundo. Hoje, começo a acreditar, que mais do que coincidências, isso deve ser um dom. O dom de resgatar o povo do fundo do baú. Rsrsrs

4 comentários:

Lígia Chagas disse...

Já falei... para de sair de casa!!! rs

Ana disse...

Kkkkkkk. Eu acho que esse será o único jeito mesmo de não ver gente que não interessa mais.

Denise disse...

A culpa é da sua memória.... eu não encontro ninguém de antigamente. Tb, se encontrar, provavelmente não vou lembra. Agora que sua sorte pra pessoas não-legais é exagerada~. Eu não tenho dúvida!

Ana disse...

Kkkkkk