segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Horário, pra quê?

Estou na sala de espera do oftalmologista e peguei um pedaço de papel para rascunhar. Agora são 15h25. Meu horário era 15h15. Chegei às 15h05. Dez minutos depois da hora marcada para a minha consulta, ainda nem tinha sido chamada pela secretária para fazer a ficha. Em quanto espera, escrevi este texto, telefonei, folheei uma revista. Só aí que fiz a ficha. Mais uma ligação depois, fui atendida. Saí do consultório às 16h30. Fiquei uma hora e 25 minutos numa sala de espera. Ainda bem que arranjei uma ocupação. Mas no dia seguinte, a situação foi infinatamente pior. Outro médico, mais atrasos. Dessa vez, foram três horas de espera. Saí para fazer lanchinho. Alguém merece isso?

Os pacientes normalmente não se atrasam. Pelo contrário, chegam cedo até em respeito ao profissional que irá atendê-los e esperam ... MUITO. Dia de consulta no médico é assim mesmo. Não dá pra marcar mais nada. Temos que ficar à disposição deles. É engraçado, parece que pelo simples fato de terem uma profissão respeitada pela sociedade, têm o direito de se atrasarem. É raro o médico que obedece aos horários. Impressionante. E não acredito que apareçam emergências nos hospitais religiosamente todos os dias na hora da saída.

Mas os atrasos não são exclusividade da classe médica. Outro setor que nos obriga a conviver com a instabilidade de horários é a aviação. Depois que as companhias passaram a praticar preços mais acessíveis, os passageiros tomaram conta dos aeroportos brasileiros, que não estão preparados para a demanda. E nesse caso, além dos atrasos, ainda temos que enfrentar salas de embarque lotadas.

Salão de beleza é outro lugar onde os horários não costumam ser respeitados. Umas coisa bem comum é chegar e ter duas clientes agendadas na mesma hora. Às vezes, a gente marca, chega e espeeeera. Isso quando não chega alguém com um compromisso de última hora “super” importante e pede prioridade.

Já foi-se o tempo em que os atrasos não são exclusividade das noivas na hora de ir para o altar e os relógios viraram apenas mais um acessório. Aff.

2 comentários:

Ariadne Lima disse...

E porque você acha que o cliente do médico tem o nome de paciente? rs

Ana disse...

Hahahaha. Adorei! Sabe que eu não tinha pensado por esse lado. Boa!!!