segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tenso!!!

(Não) vou errando enquanto o tempo me deixar

Mais um vez, eu errei. O melhor (ou pior) de tudo foi que errei querendo errar mesmo, bem consciente da besteira que fiz. Mas devo me dar o desconto, só fiz 50% do estrago. Segurei e não me permitir a concluir a minha burrada. Bom para o ego e a moral, nem tanto para o extinto.

Agora, conto o que fiz "sem contar". Não entendeu nada, né? Ótimo! Essa é a ideia. Apenas dessa vez, basta que eu entenda. Não sou boba de abrir a boca e dizer nem para a mais compreensível das figuras, o passo contrário que dei. Isso implicaria no risco de uma surra - diga-se de passagem - bem merecida.


Minha cabeça segue naquele carrossel de sempre, hoje girando numa velocidade maior do que de costume, mas não me importo. Não estou nem aí para ela, porque o coração está tranquilo. E isso, sim, é mais importante do que a opinião de qualquer um, serve como anestésico para qualquer surra que possa levar, caso eu faça a besteira de abrir a boca e contar meu segredo a mais compreensível das figuras.

Estou leve, feliz, mas espero não ficar como na música "Nada Sei" do Kid Abelha, que diz "vou errando enquanto o tempo me deixar". Eu, ao contrário, NÃO vou errando enquanto o tempo me deixar". Foi bom, mas prefiro parar por aqui.

sábado, 15 de outubro de 2011

Eu quero dormir, eu quero escrever


Escolhi viver de escrever. O meio que eu faço isso hoje não foi bem o que eu havia planejado, mas certas coisas não se explicam. Paixão é paixão, e ponto final. Na época de faculdade eu era uma estudante com um certo bloqueio de redigir tudo o que não fosse notícia factual, ou seja, os fatos relevantes que acontecem no dia a dia. Escrever uma crônica era muito difícil, um conto então, quase impossível. Foi quando imaginei que não seria mais do que uma jornalista que conta o que acontece de mais importante na minha cidade, no meu estado, no meu país ou no mundo.


E foi exatamente por causa do meu trabalho que descobri que tinha jeito para escrever outras coisas.  Sou uma pessoa muito ansiosa e, vira e mexe, na hora de dormir, eu pensava – e ainda penso – mil coisas. Isso sempre atrapalhou o meu sono, mas eu fazia vista grossa. Até que, quando fui morar sozinha, senti a necessidade de compartilhar os meus pensamentos. Esse problema foi fácil de resolver. Criei o blog e tudo se resolveu, mas por muito pouco tempo. A ansiedade veio com tudo, e a avalanche de ideias também.

O que acontece até hoje é que quando o sono vem, meus pensamentos se intensificam e me dá uma vontade louca de correr para o computador. Eu quero dormir, mas sinto uma grande necessidade de escrever. Ultimamente um bloquinho tem espaço cativo no meu criado mudo. Certamente, amanhã, na hora em que o despertador tocar, vou me arrepender amargamente dos minutos preciosos que passei em frente ao computador compartilhando meus pontos de vista nada a ver com o mundo! Mas nada posso fazer porque paixão é paixão, e ponto final.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O que não tem preço

Bolsinha piriguete (Cobre bunda): R$ 60,00 no débito


Ankle boots, o calçado oficial das pirigas: R$ 129,90 no crédito

Escovão e chapinha num salão "phinno": R$ 80,00 no débito

Ter uma amiga piriguete de bom coração para ensinar truques infalíveis de sedução: não tem preço!

"Tem coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras, nós temos que ralar."

domingo, 9 de outubro de 2011

Que venham os 30

Faltam poucos meses para eu completar 30 anos. É engraçado porque a proximidade do próximo aniversário me faz lembrar como eu temi a chegada dos 20. Como isso hoje é uma coisa pequena, e como me faz rir! Completar a segunda década de vida me fez mal, me sentia frustrada por não ter alcançado alguns objetivos que tracei para minha vida, e sofria por isso, mas como alcançar tantos objetivos tão cedo? Não havia dado tempo de viver nada.

Hoje é bem diferente. Ainda não consegui muitas das coisas que desejava há 10 anos, mas em compensação estou muito feliz com as conquistas que estou fazendo. A maior vantagem da maturidade é se conhecer melhor. A sensação que tenho é que sempre soube das coisas que gostava e não, mas a diferença é que agora eu consigo entender por que gosto ou deixo de gostar de algo, e vejo isso como um prêmio. É como se antes, nos primeiros 29 anos da minha vida, eu fosse uma criança que sentia dor, sono e fome, mas não sabia me expressar com palavras. Hoje, perto dos 30, eu encontro palavras para me explicar a mim mesma. Consigo compreender o que está acontecendo e por que está acontecendo, e acho maravilhoso.

A vida me mostrou vários caminhos, sem saber qual era o melhor, escolhi uma trilha e segui em frente, sem saber o que poderia encontrar. Deparei-me com morros difíceis de subir, que levava a lugares de ar rarefeito e, em outros momentos, descidas tão fortes, que me fez sentir muito medo, mas entre altos e baixos, encontrei estradas retas, bem tranquilas. Pelo caminho eu tomei alguns tombos, esfolei um braço, um joelho, às vezes, aparecia um ferimento um pouco mais grave, mas felizmente, eles se curaram e deixaram apenas uma cicatriz, como forma de lembrança do passado. E foi aí que me dei conta de que algumas das minhas cicatrizes me lembra que certos machucados foram frutos de momentos muito felizes.

Assim, sigo vivendo. Com marcas, umas mais escondidas do que outras, é claro que olhar para elas, me faz reviver o que se foi. Às vezes caio na gargalhada, e em outras choro um pouquinho com saudades do que passou. Mas uma coisa é certa: cada uma delas contribuiu para me dar muita experiência e vida e fazer de mim uma pessoa mais forte e feliz. Que venham os 30!