quarta-feira, 25 de maio de 2011

Curta

Leite com baixo teor de lactose
Faz tempo que eu não posto uma dica de alimentação. Então lá vai uma. Nem todo mundo pode ingerir leite comum, seja por intolerância à lactose ou alergia. Por isso, estão no mercado produtos específicos para quem tem algum desses problemas.


Várias marcas já produzem os leites, que têm na sua composição, uma redução considerável de lactose. Em média, 90%. Mas já adianto que não é fácil encontrá-lo em qualquer lugar. E quanto ao preço, é um pouco mais caro do que o comum, mas compensa.


Mas não é porque o produto está disponível nas prateleiras dos supermercados, que os alérgicos ou intolerantes podem consumir sem preocupações. É sempre bom consultar um médico para saber se pode ingerir e quantas vezes por semana, por exemplo. Afinal, o leite não é totalmente isento da lactose. De qualquer forma, fica a dica!

sábado, 21 de maio de 2011

O meu peixe


Eu já tive um peixinho. Não, eu não era criança. Já estava com 24 anos, tinha uma carreira, uma casa, contas para pagar e um namorado. Enfim, uma vida de mulher adulta.

Como já falei aqui, sou apaixonada por cães e queria muito um, mas, morando em apartamento era difícil. Para resolver esse probleminha, minhas mães uberabenses me presentearam com um peixinho Beta. Ele era lindo. Meio azul, meio vermelho. Colocamos o nome de Fred. Se era mancho ou fêmea, até hoje eu não sei com certeza, mas o fato é que o nome dele (peixe) era de menino.

Poucos meses depois de ganhá-lo, meu namoro foi por água abaixo, eu me mudei de cidade e na partilha dos bens, o Fred ficou com o “pai” dele. Após algum tempo, eu resolvi pedir a “guarda” do glub glub.

Quando recebi meu peixe percebi que, definitivamente, não era o mesmo. O aquário havia quebrado e era outro, a cor dele havia mudado, o bichinho estava mais magro do que antes. Comentei que aquele não era o Fred, mas não criei confusão por isso.

Voltei para a minha casa com ele. Peguei um ônibus de Uberaba para Uberlândia. 100 quilômetros com um aquário quadradinho na minha bolsa de mão. Em Uberlândia, tomei um táxi e segui para o aeroporto. Quando cheguei, até tentei despachá-lo como carga, mas era noite de domingo e o guichê estava fechado. O jeito era acomodá-lo na minha bolsa, mais uma vez.

Assim eu fiz. Contei com a colaboração dos funcionários do balcão da companhia aérea. Eles me avisaram quando o avião estava a caminho e lacraram o aquário com uma fita adesiva e me disseram que se alguém descobrisse aquilo e me questionasse, que não era para dizer a ninguém que havia recebido ajuda dos funcionários.

Já com o aquário totalmente vedado, seguimos para a sala de embarque e poucos minutos depois, entramos na aeronave. Como jornalista, eu não entendo nada de física. Nem lembrava (na verdade, nem sabia) da ausência de pressão dentro dos aviões. Estava morrendo de medo do aquário explodir na hora da decolagem. Com a intenção de me “precaver”, liguei para minha mãe, avisei que estava embarcando com Fred e pedi para que rezasse para dar tudo certo e eu não ser presa por tráfico de animais ou coisa parecida.

Os 40 minutos de vôo mais uma vez pareceram uma eternidade. Quando desembarcamos, atravessamos todo o aeroporto de Confins e segui para a minha casa.

Mas tanto esforço foi em vão. Uma semana depois da nossa aventura, o bichinho morreu.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A doida do avião

Acho fantástica a praticidade do avião. Poder chegar logo em outra cidade ou estado é muito legal. O conforto das poltronas não é o mesmo dos ônibus, mas a rapidez compensa.

O problema é que a minha relação com a aviação é complicada. Apesar de adorar, eu morro de medo de voar. Paro na rua para ver qual avião está passando e qual rota vai seguir, mas na hora de entrar em um deles, fico gelada. Sempre foi assim e a coisa só piora com o passar dos anos.

Nas últimas férias, fui para o nordeste. Na ida, corri para não perder a conexão. Felizmente, deu tudo certo. Na volta, foi tensão do início ao fim da viagem. Depois de me trocarem de lugar três vezes, descobri que havia perdido o celular.

A dúvida era se ele estava na mochila ou se havia esquecido em algum lugar. Depois, me preocupou o fato dele poder tocar a qualquer momento, já que estava ligado. Embora as leis brasileiras proíbam o uso nas aeronaves durante o vôo, já presenciei pilotos falando ao celular enquanto estão no ar. Pensei: “o meu aparelho não vai derrubar o avião, mas vai explica isso para esse povo se ele tocar”.

Mesmo preocupada, decolamos e eu não falei nada com ninguém. Segui tensa, fazendo palavra cruzada para tentar relaxar. Quando estava quase conseguindo, uma senhora, que não prestou atenção nas orientações dos comissários, foi ao banheiro. Só que, ao invés de seguir em frente, virou-se para a sua direita e tentou abrir a porta do avião, pensando que era o toalete.

Ah, não contei. Na dança das cadeiras, eu fui parar no corredor da aeronave, no lado direito, ou seja, vi a ação da doida de camarote. Para a nossa sorte, as duas comissárias estavam próximas e perceberam a sandice. Abordaram a mulher, perguntaram o que ela desejava. Disse que era o sanitário. As moças (educadíssimas) informaram o local correto, mas antes quiseram saber exatamente até que ponto ela havia levantado a alavanca da porta.

Nessa hora as minhas pernas não ficaram bambas, mas tensas. Um joelho batia no outro de tanto desespero. Imediatamente foram ligados os alertas de atar cintos. Não sei quanto tempo durou esse pesadelo, mas para mim foi uma eternidade.

Uma das comissárias interfonaram para a cabine e o comandante deu as orientações. O problema é que as duas, assim como eu, também ficaram apavoradas. Enfim, após receber as instruções, a moça teve que repetir o procedimento de porta, para assegurar que estava fechada. Em condições normais, é feito antes do avião começar a taxiar. Só que dessa vez foi com “emoção”, com o avião no ar. Dispenso tanta adrenalina.

Os outros passageiros não notaram o incidente que quase virou acidente. No final das contas, correu tudo bem e o pouso foi em total segurança. Minutos antes de descermos, a fulana que causou o problema estava toda, toda passando batom e rímel para aparecer linda no desembarque. Eu, que antes estava com medo de ser linchada por causa do celular, cheguei ao meu destino com vontade de esganar a dita cuja.