quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Oportunidades

Há três anos eu vivi em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Uma passagem curta, apenas 40 dias. Morei no apartamento de uma grande amiga (nossa Lígia, do Quarto Amarelo).

Trabalhava muito. Era uma vaga temporária, mas graças a ela, consegui meu outro emprego no qual fiquei três anos.

Nesse meio tempo convivi com algumas pessoas no ambiente de trabalho. Todos muito preocupados com os seus afazeres. Não havia tempo para bater papo com a “produtora que cobria férias”. Mas uma pessoa em especial, um jovem repórter que ainda não havia se formado e trocava ideia comigo. Conversava, dava carona. Enfim, virou um amigo. Trocamos MSN e número de celular, nos falamos algumas vezes, mas o contato ficou mais distante.

Isso foi em outubro de 2007. Exatamente três anos depois, a vida me provou mais uma vez, que ela realmente dá voltas. E não é que aquele cara universitário que conheci em Valadares estava de mudança para Montes Claros como profissional? Nos encontramos, falamos sobre a vida, oportunidades de trabalho. Voltamos a ter um contato mais estreito.

O curioso que me dei conta num desses papos é que a gente nunca deve desperdiçar as oportunidades que a vida nos dá. E ele me lembrou disso. O que seria dele se tivesse ignorado aquela moça que estava lá trabalhando por pouco tempo? O mundo deu aquela voltinha básica e nos colocou frente a frente de novo.
Ilson, amigo de GV e MOC


Eu era uma das poucas pessoas que ele conhecia na cidade. Além de mim, só conhecia mais uma colega que também trabalhou no leste do estado. Assim que chegou, nós o acolhemos. Eu chamava para almoçar, saíamos para jogar conversa fora. Tudo resultado de uma consideração que começou lá atrás.

É por isso que acredito que a gente nunca deve fechar as portas para as oportunidades. Nunca sabemos o que nos espera na frente. Não há nenhuma garantia de que a pessoa que descartamos hoje voltará a fazer parte da nossa vida no futuro. É como dizem os antigos. “Dor de barriga não da uma vez só”. E é isso mesmo. Hoje não precisamos daquele colega mala que enchia o saco no serviço, mas lá na frente, vai saber?

O mesmo aconteceu em 2006. Conheci um cinegrafista em Uberaba, Triângulo Mineiro. Dois anos depois quando trabalhava em Teófilo Otoni, no outro lado de Minas, ele apareceu de novo e trabalhamos três anos juntos, parte desse tempo em Montes Claros, no Norte do estado. Sempre nos demos bem e nos tornamos grandes amigos.
Robert ainda me apresentou mais uma amiga: Viviana

Então, por mais que a gente não queira manter contato com um ou outro, acho que devemos pensar umas 20 vezes antes de decidir cortar definitivamente todos os vínculos. As estradas da vida guardam muitas surpresas. Se a gente ficar parado pelo meio do caminho, a ajuda pode vir de onde menos se espera. E humildade para receber e saber reconhecer essa força é tudo!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Curta - Arroz no saco

É coisa boa. Uma dica culinária de quem mora sozinha, quer dizer, morou. Para alguns, arroz soltinho é luxo que só se encontra no restaurante ou na casa da mamãe. Se o seu fica aquela papa, tipo unidos venceremos, seus problemas acabaram.
Existem umas marcas que vendem o arroz empacotadinho em porções. Basta colocar a água no fogo, tacar o pacotinho que serve duas pessoas (ou um faminto), acrescentar sal, conforme as instruções, esperar 20 minutos e ... pronto!!!

Tem até a versão integral para quem preferir, como é o meu caso.
É um pouco mais caro, mas rola muito porque é prático e bem rapidinho. Eu costumo comprar de duas marcas: Camil e Uncle Bens.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Fase criativa

Dia desses lembrei de uma entrevista dada pela cantora Pitty quando perdeu seu bebê, em 2008. Ela disse que era melhor o processo criativo quando passava por algum problema. Eles traziam a inspiração.

Concordo com ela. Acho que quando estamos inquietos com alguma questão, sentimos a necessidade de colocar para fora. O blog surgiu assim. No final de 2008 eu estava infeliz com a minha vida. Trabalhava muito, ganhava pouco e não tinha o que fazer na cidade onde eu vivia. Nenhum cinema, não tinha amigos. Meu tempo livre era na academia, vendo TV, um filme ou cuidando da casa.

Inquieta e precisando conversar, eu encontrei na escrita a solução para os meus problemas naquele momento. Tinha muita vergonha de publicar o que escreveia, mas me enchi de coragem e deu certo. Foi uma auto-terapia e eu recomendo.

Fiz uma pausa grande não sei bem porquê, mas em 2010 senti muita vontade de voltar a escrever. Retornei, mas foi por pouco tempo. Fiquei três meses sem postar nada. Não queria me expor. A escrita por si só tira toda a nossa roupa. Seja um texto simples sobre hábitos humanos ou mais elaborados. Sempre fazemos nosso streap-tease. A diferença é que dessa vez vou me esforçar para não perder novamente a coragem de me “despir”.

Por isso penso que os blogueiros são corajosos. Afinal, eles se mostram na íntegra, mesmo quando vivem personagens.

Limites da exposição
Quando me refiro da exposição, falo da exposição de ideias. E não da auto-exposição. É fácil a gente entrar numa dessas redes sociais, colocar uma foto bonita tirada em um dia de festa. (Eu mesma me recuso a aparecer feia rsrs) Adicionamos pessoas (conhecidas ou não) de acordo com vários critérios (amigos, conhecidos, colegas, gente bonita). Assim fazemos um novo círculo de amizade.

Mas ali a gente não se mostra por inteiro. Só o melhor de nós aparece e eu acho que é aí que pode morar o perigo. Somos simpáticos, engraçados, charmosos. Tudo de bom! Mas será que não estamos tentando usar nossa máscara de “gente boa” além do Orkut, Facebook ou Twitter?
Sei não, mas confesso que ando com os dois pés atrás com o modo como enxergamos essas ferramentas. Elas vieram para entreter e ajudar nos contatos. Mas acho que pode acabar gerando uma mudança de valores. Mas, de acordo com especialistas, existem casos mais graves que tem até estimulando transtornos psíquicos.

Comigo mesma aconteceu algo engraçado. Comentei com algumas pessoas que em breve me mudaria de cidade. Mas não coloquei isso em lugar nenhum. Foi só uma conversa informal com um ou outro. Para o meu espanto, quando cheguei a uma festa, fui abordada por uma mulher que virou para mim e disse: “você está indo embora, né?” Respondi que sim, não aguentei e emendei a pergunta: “como você ficou sabendo?”. Ela: “vi no Orkut”. Eu: “ahhh bom” (com cara de paisagem).

Fiquei surpresa. Algumas pessoas comentaram a mudança, outras viram e a notícia se espalhou rapidamente. Isso me deu a real noção que nós até tentamos, mas às vezes perdemos o controle das informações. Nessas redes elas se espalham numa velocidade impressionante. Eu acho tudo isso quase assustador.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Curta - Pernas para o ar

Ficar parada é muito ruim. A gente trabalha o ano inteiro, louco por uma folguinha e quando ela finalmente chega queremos encontrar a agitação de novo. Às vezes acordava às cinco da manhã para me arrumar para o trabalho. Em outros dias, chegava em casa às dez e meia da noite e não conseguia relaxar antes de meia-noite. Foram 31 dias de férias, uma semana de trabalho, 15 dias de atestado médico por causa de uma cirurgia. Depois uma mudança de cidade e mais um mês e pouco de férias com direito a passeio no nordeste. Volto a trabalhar e uns 15 dias depois paramos para o carnaval. A dúvida é: Será que eu saber o que fazer quando voltar a trabalhar? Rsrsrs. Espero que sim!


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Crenças

Nos últimos dias as pessoas fizeram vários rituais. Uns para entrar bem o ano e outros para garantir fartura, amor e saúde em 2011. Eu não critico. Também já fiz a simpatia com as sementes de romã, minha família prepara lentilha para a ceia todo réveillon, além da cesta com um monte de frutas. Tudo para que o ano novo seja próspero. E hoje, seis de janeiro, é dia de fazer mandinga para garantir que as carteiras estejam sempre cheias de dinheiro.

Confesso que nunca pulei sete ondas na praia, mas já vesti branco, comprei uma roupa nova, e entrei com o pé direito. Este ano eu fiz uma coisa que fazemos todos as anos, mas dessa vez acho que foi melhor porque fiz com mais consciência.


Os ritos de passagem são importantes, nos dá forças para buscarmos o melhor. Mas 2010 me mostrou que nada disso importa se não tiver fé. Por isso, rezei. Rezei muito e também comi lentilha.

Eu acredito na força do trabalho. Sem esforços, de nada vai adiantar as simpatias e orações. E acredito, principalmente, naquela teoria de quem planta colhe. Por isso, plantemos só coisas boas em 2011. Enfim, com todos os pensamentos e atitudes positivos, tudo vai dar certo! Pra mim e pra você também!!! 


Aproveito para colocar a letra de uma música cantada por Tim Maia que fala sobre o Dia de Santos Reis.



A festa de Santo Reis

Composição: Márcio Leonardo

Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquecido
Mas é o dia da festa
De Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquisito
Mas é o dia da festa
De Santo Reis...
Eles chegam tocando
Sanfona e violão
Os pandeiros de fita
Carregam sempre na mão
Eles vão levando
Levando o que pode
Se deixar com eles
Eles levam até os bodes...
É os bodes da gente
É os bodes, mééé
É os bodes da gente
É os bodes, mééé...
Hoje é o dia de Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
Hoje é o dia, hié! hié!
De Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
É o dia da festa, hié! hié!..(3x)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Feliz 2011!!!

Hoje era para postar um "Curta", mas preferi por postar um texto de um amigo de Orkut. Na virada do ano ele me mandou esta mensagem e achei que tinha tudo a ver com o que eu penso. Por isso, posto o texto dele. Espero que gostem. Felicidades a todos no ano que se inicia.


Beijos

Espero que em 2011 as pessoas ostentem menos. Sejam menos consumistas, mais conscientes. Façam do dinheiro algo necessário e não o mais importante. Trabalhem para o sustento, e para as pequenas grandes conquistas, mas descansem bem. Encontrem a medida certa entre o trabalho e o descanso, fujam da escravidão que os impõe o sistema o mesmo que grita aos ouvidos a todo instante para possuírem mais como se posses os tornassem imortais e que também os convence que bens materiais os tornam  seres superiores, fujamos disso.

 
Digam não a falsidade. Deixem de lado as mentiras, a hipocrisia, a arrogância. Ninguém é mais que o outro, somos a mesma matéria, o mesmo corpo corruptível. Lembrem de que temos espírito, não se esqueçam do nosso criador, pensem na nossa insignificância diante do dedo mínimo de Deus. Bom seria se a palavra HUMILDADE se estampasse em cada rosto daqueles que diante da sua posição se esquecem da dor do próximo, e do quanto suas mãos poderiam fazer para mudar o que está errado.

Que em 2011 o poder fortalecesse os fracos. Os políticos se ocupassem mais em resolver nossas mazelas. Que tivessem noção, os poderosos, que o poder terreno é efêmero e que tudo aquilo que aqui se faz de bom ou de ruim fica gravado em algum lugar para uma espécie de recompensa ou cobrança posteriores, isso é lei do universo. Olhassem o passado com olhos de aprendizes, sentissem menos tristezas e mais saudade, saudade pode ser bom ao coração.

Que todos se olhassem mais no espelho, olho no olho, ao final de cada dia e tivessem um contato com a consciência revissem e relessem seus atos bons e ruins, isso é o exame da consciência, um check up de nós mesmos para podermos ter o sono justo quando corrigirmos nossos erros, nossas palavras mal ditas. Aprendessem todos o perdão. Fizessem todos, todo dia um pouco daquilo que fosse um pedaço de um sonho bom, mas sem exageros. Olhassem o sol nascente ou poente com olhos de contemplação e da boca saísse uma oração.

Em 2011 que a felicidade seja uma música composta por Deus. Que a cada dia aprendêssemos mais, principalmente o exercício da caridade. Ajudar sem olhar a quem, sem esperar de alguém. Cuidarmos mais dos nossos pulmões, do ar que respiramos. Respeitássemos a nossa saúde e agradecêssemos por ela. Não colocassemos tanto fogo e veneno no nosso planeta, para não sentirmos falta da água.

Que no ano novo todos recebam seu quinhão de felicidade na medida exata da bondade praticada. Sejamos bons conosco e com os outros. Sempre iluminados pela eterna luz de Deus, nosso criador. FELIZ 2011 PARA TODOS NÓS!!!!!!!!!

Texto: Afonso Celso Guimarães Jr